29/01/2013

LAGOS - CANDIDATOS PARA AS AUTÁRQUICAS! LEI DA OFERTA E DA PROCURA...

Com o aproximar das eleições autárquicas, um pouco por todo o país vão sendo conhecidas as candidaturas, formadas as listas, enfim definindo-se estratégias de actuação.
Relativamente às autárquicas em Lagos já apresentei aqui alguns escritos relativos ao historial e tendências estatísticas, debrucei-me sobre o perfil ideal de um potencial candidato à Câmara Municipal e ainda sobre o desempenho dos principais partidos políticos do Concelho ou seja PSD e PS desde 2009.
Em Lagos, estamos na fase da escolha dos candidatos à presidência da autarquia, começando a emergir os principais nomes oriundos das sedes partidárias. Destaco o Partido Socialista de Lagos que de uma forma consensual já escolheu a Dr.ª Joaquina Matos, apostando assim numa matriz política de continuidade, pois a candidata foi Vice-Presidente da autarquia durante dez anos (2001 a 2011). No PSD, partido onde sou militante mantêm-se o silêncio, mas sei que existe um trabalho intenso da Comissão Politica de Secção e sobretudo do seu Presidente - Dr. Rui Machado de Araújo em tentar escolher o melhor candidato para disputar o poder em Lagos com o partido Socialista.
Mas candidatos à parte, o interessante é constatar que “as campanhas” de influenciar e convencer a opinião pública (interna e externa) já se iniciaram, uns tentam afirmar-se que são as melhores opções para o cargo em disputa, outros fazem propostas e apostas para que seja aquele ou outro candidato. Neste momento tudo serve para fundamentar a escolha das candidaturas, pois desde as chamadas assessorias de base “familiar” e amigos, a estudos e sondagens “credíveis” ou ainda através do simples palpite e intuição… tudo é admitido!!!!! na lei da oferta e da procura de candidatos à presidência da autarquia.
Aqui em Lagos segue-se «ainda» o velho e desgastado principio… O que importa primeiro é o nome e depois a estratégia…  venha mas é lá o poder! e claro no fim do mandato ou mandatos logo se discute o desastre político! ou não... da escolha ou escolhas efectuadas.
 . Não seria melhor em primeiro lugar definir a estratégia política para os próximos 4 anos de gestão do município, que está condicionada pelo cumprimento de um PAEL (Programa de Apoio à Economia Local), entre outros compromissos;
. Não seria melhor adequar essa estratégia a um determinado perfil de candidato, dado que não é um “qualquer candidato” que se encaixa na actual situação financeira da autarquia e estado do municipio;
. Não seria melhor tentar perceber o que o eleitor lacobrigense pensa de tudo isto que estamos a passar. De saber no que ainda acredita face à crise que vivemos, ou ainda quais são os valores que preconiza em relação às politicas e políticos de e para Lagos.
. É urgente que toda a “malta que anda na política” compreenda que o diálogo intenso e permanente com os eleitores é fundamental para a credibilização de um projecto politico e sobretudo para o delinear de uma estratégia do presente para o futuro de Lagos .

Mais que nunca os eleitores necessitam de conhecer a visão de futuro para Lagos,  que se pretende credível, rigorosa, mas essencialmente realista, colectiva e comunitária. Reconheço que tudo isto dá trabalho e «perda de tempo», sendo a aposta no mediatismo jornalístico ou publicitário mais rápida, mais barata e geralmente dá os «frutos» pretendidos... projectos politicos, estratégia para quê? para que servem?...

Voltarei a este assunto brevemente...
ou seja depois de conhecer as estratégias politicas para o concelho de Lagos!
Fernando Cristino Marreiro
fonte: foto retirada de http://rascunhosgouveiablogspot.pt