No mundo, num país, ou “numa” cidade marcada pela actual crise, o “vale tudo” é a palavra de ordem. Não interessa a corrupção, o compadrio ou a mentira! Somos todos os dias confrontados por uma sociedade viciada, oportunista e sobretudo individualista, marcada pela mediatização do supérfluo e pelos interesses instalados. A actual “cultura” gira em torno de que “lixar”, “empacotar”, “esconder”, “o disse que não disse” ou “corromper o próximo” são as grandes linhas da “ética e da moral” de muitos dos “seres” que lidamos no nosso dia-a-dia!… mas há-de chegar o momento de dizer já chega! Pois é eminente e sobretudo urgente uma profunda reflexão moral por parte da sociedade em geral sobre estes assuntos.
É necessário parar, reflectir e pensar no passado misturado com o presente, onde presença de valores como a honestidade, a ajuda ao próximo, a idoneidade, a transparência, a dedicação, o rigor, a integridade e sobretudo a verdade são necessários! diria imprescindíveis para ultrapassarmos o que muitos teimam em querer manter, mesmo sabendo que isso nos transporta para o “abismo” social. É urgente valorizar e distinguir o trabalho e esforço próprio daqueles que não “cilindraram” o “amigo” e ou “inimigo” para obter fosse o que fosse, simplesmente optaram por uma conduta assente em princípios éticos e morais, ou tão simplesmente por uma postura de vida diferente de determinadas “ervas daninhas” que teimam em permanecer muitas vezes bem perto de nós.
Será que conseguiremos ultrapassar este paradigma de “anomia e anestesia” social em que estamos mergulhados ou ultrapassar a tão simples “mesquinhez” que muitos se dedicam e praticam? Penso que sim!... E como? Denunciando, não pactuando e sobretudo adoptando uma postura ética e moral nas nossas tomadas de decisão, julgamentos ou até ajudas que muitas vezes nos solicitam!...
É bom sentirmo-nos bem com nós próprios sabendo que “estamos na linha da frente” com competência, com frontalidade e sobretudo “semeando” a verdade e não a mentira, “sem perseguirmos ninguém para não legitimar-mos quem nos queira perseguir”… devemos estar atentos ao que nos diz respeito e próximo daqueles em quem confiamos ou gostamos e ESPERAR PARA VER!
Fernando Marreiro
Sociólogo
Deputado Municipal PSD - Lagos
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