Volto ao tema das
eleições autárquicas neste blog, dado que surgiram nos últimos
dias alguns factos novos de relevo que não foram abordados em
publicações anteriores sobre esta temática, como é o caso do eventual
aparecimento de três candidaturas independentes em Lagos, cenário que não acredito, contudo é
importante reter o interesse crescente manifestado por este tipo
candidaturas.
Dada a responsabilidade
que tenho no actual quadro politico local, não irei debruçar-me
sobre qualquer dos potenciais movimentos independentes e sim no que penso sobre
o ser independente versus militante partidário.
O conceito de
independente na política por si só é dúbio e duvidoso, pois considero que
o ser independente está intimamente relacionado, com o saber usar a liberdade
que cada um tem direito no exercício de cidadania que a democracia nos
permite, quer dentro de uma estrutura partidária como em qualquer movimento independente. No meu caso sou
militante de um partido e revejo-me dentro do conceito de liberdade atrás referido,
porque considero que os partidos políticos devem saber assimilar essa liberdade
dentro do quadro ideológico que defendem.
Todos sabemos
que política actualmente não é uma exclusividade das forças
partidárias, sendo legitimo o aparecimento de candidaturas
independentes. Mas é imprescindível que as mesmas tenham uma
estratégia e orientação perfeitamente definida, estruturada e
sobretudo assumida.
Aparecer
apenas como alternativa aos partidos políticos não chega, porque uma política
activa e dedicada à cidadania e aos cidadãos, obriga a muito mais! Há-que considerar uma visão, um objectivo geral, um elo de ligação comum e só depois o resto. Para mim o aparecimento destes movimentos
independentes está intimamente ligado ao facto das forças
partidárias não conseguirem dar resposta ao que lhes é exigido e
sobretudo à sua falta de (re)adaptação às grandes mudanças que estão ocorrendo
actualmente na sociedade.
As estruturas partidárias em muitos casos fecham-se em si próprias, onde a componente corporativista impera e os interesses instalados dominam. Pelo que o grande desafio do momento, será por um lado a “refundação” dos partidos políticos, mas por outro a "emancipação de candidaturas" independentes, contudo não devemos ficar reféns nem de uns ou outros.
Defendo e acredito que é possível ser-se independente fora e dentro das estruturas partidárias, através de um pensamento político bem estruturado, bem definido, com objectivos claros e sobretudo que se dê resposta aos “anseios” actuais e futuros das populações de forma equilibrada e sobretudo sustentada.
As estruturas partidárias em muitos casos fecham-se em si próprias, onde a componente corporativista impera e os interesses instalados dominam. Pelo que o grande desafio do momento, será por um lado a “refundação” dos partidos políticos, mas por outro a "emancipação de candidaturas" independentes, contudo não devemos ficar reféns nem de uns ou outros.
Defendo e acredito que é possível ser-se independente fora e dentro das estruturas partidárias, através de um pensamento político bem estruturado, bem definido, com objectivos claros e sobretudo que se dê resposta aos “anseios” actuais e futuros das populações de forma equilibrada e sobretudo sustentada.
Fernando Cristino Marreiro
Deputado Municipal PSD
Membro da Assembleia Distrital do PSD/Algarve
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