Em época de profunda crise económica, as desigualdades na sociedade portuguesa começam a disparar com o desaparecimento de uma classe média e de um tecido empresarial de pequenas e médias empresas cada vez menor. Na rua o sentimento de que estamos muito próximo de um colapso social transformou-se em conversa recorrente de muitos portugueses, onde as dificuldades económicas e a constante quebra de valores morais e éticos que se assiste todos os dias, transformaram Portugal em muitos aspectos numa “sociedade viciada” e com um espaço de manobra muito reduzido…
O que me leva a questionar para onde caminhamos? E porquê?
Estamos neste momento com as saídas condicionadas, se não mesmo bloqueadas pela actual crise e por compromissos que tinham que ser assumidos sob pena de ficarmos isolados neste cantinho da Europa. Mas é urgente encontrar novos modelos e novas estratégias de desenvolvimento para fazer face a um passado recente marcado por uma actividade económica suicida, cujo resultado está bem presente no quotidiano de todos nós.
Como já referi várias vezes em outras notas, o repetir de políticas erradas e de modelos de desenvolvimento desajustados às realidades existentes foram a nota marcante dos últimos anos, quer no plano nacional, regional ou local.
Como já referi várias vezes em outras notas, o repetir de políticas erradas e de modelos de desenvolvimento desajustados às realidades existentes foram a nota marcante dos últimos anos, quer no plano nacional, regional ou local.
A desregulação politica praticada até ao limite! Associando-se a falta de transparência, rigor e responsabilidade que acabou por condenar a tão apregoada sustentabilidade que me “venderam” desde miúdo. Hoje chego á conclusão que a mesma não saiu do papel! Mais grave ainda, é que muitos políticos nunca conseguiram entender o significado e abrangência desse termo, condenando o presente e hipotecando o futuro de todos nós!
No meio de tanto desnorte, tenho que saudar o actual 1.º Ministro Dr. Pedro Passos Coelho, pela forma objectiva, frontal e responsável que tem transmitido aos portugueses a situação actual do país. O país e os portugueses necessitam de saber a verdade para poder acreditar no presente e sobretudo ter esperança no futuro! Vivemos uma época onde a necessidade de clarificação destes e muitos outros aspectos em prol da sustentabilidade democrática era e é urgente se não mesmo crucial para o futuro de Portugal.
Temos que progredir na nossa democracia, pois não podemos continuar a conviver de igual forma com lícito e ilícito, não podemos permanecer impávidos e serenos ao emergir de uma constante quebra de valores morais e éticos nas diferentes interacções e relações existentes em sociedade. A responsabilidade, o rigor e a justiça têm que fazer parte do nosso dia a dia…
Urge mudar comportamentos, alinhar objectivos e adoptar novas estratégias de desenvolvimento, sem esquecer de “responsabilizar” os protagonistas pela actual situação!
Acredito que neste momento estamos no início desse percurso de reformulação democrática! Mas será que ainda vamos a tempo… acredito que sim!
Fernando Marreiro
Acredito que neste momento estamos no início desse percurso de reformulação democrática! Mas será que ainda vamos a tempo… acredito que sim!
Fernando Marreiro
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