29/11/2012

UMA FORMA (ACTUAL) DE OLHAR PARA A POLÍTICA!





O meu gosto pela política começou logo em criança, estávamos no princípio dos anos 80 e com oito ou nove anos corria atrás das diferentes caravanas políticas, que em tempo de eleições visitavam Bensafrim (Lagos). Recordo-me como eram concorridos todos os comícios (independentemente das forças politicas), respirava-se a esperança no futuro e sobretudo vivia-se a política com muita intensidade, expectativa e dedicação em todos os partidos.

A participação política emanava "odores" de honestidade, transparência, idoneidade e rigor, onde o respeito pelo cidadão anónimo era a principal condição da prática política, fosse qual fosse a cor partidária. 

Desde desse primeiro momento que encaro a política nessa forma e nesse conteúdo e sobretudo associada a um "mundo", cheio de ideias, dedicação, alegria, trabalho e empenhamento em prol dos outros, cuja  essência do político tem que residir no crer, nas convicções, no ideais e sobretudo na forma de estar e fazer política.

A política só evolui através de formas de estar e pensar diferentes, que devemos respeitar, debater e implementar em prol do bem comum da sociedade. Por isso quando olho para atualidade considero que existem coisas na política que não podemos colocar de lado, coisas como a esperança, o futuro, a alegria e sobretudo "as vontades" de um povo ou de uma nação, de uma cidade, de uma região ou de um país.

Todos sabemos e reconhecemos os momentos difíceis que estamos a viver no seio da credibilização politica, mas também todos já sabemos que urge mudar a forma de estar e fazer política por parte dos partidos e sobretudo de muitos políticos, independentemente das forças partidárias.

A política "tem que se reformular" na sua componente ética e moral ou caso contrário corremos um risco elevado de enfraquecimento  da nossa democracia, diria mesmo perda da democracia. Os partidos políticos têm que se «refundar» nos porquês da sua existência, têm que filtrar as suas «fileiras» ou «clientelismos», têm que se (re)encontrar ideologicamente por forma a renovar e sobretudo colocar a confiança sobre a atual desconfiança se vive!

Fernando Marreiro  
Sociólogo
Foto: Retirada de  unegroriodejaneiro.blogspot.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário