22/03/2012

Em época de profunda crise económica (…) ainda vamos a tempo… acredito que sim!

Em época de profunda crise económica, as desigualdades na sociedade portuguesa começam a disparar com o desaparecimento de uma classe média e de um tecido empresarial de pequenas e médias empresas cada vez menor. Na rua o sentimento de que estamos muito próximo de um colapso social transformou-se em conversa recorrente de muitos portugueses, onde as dificuldades económicas e a constante quebra de valores morais e éticos que se assiste todos os dias, transformaram Portugal em muitos aspectos numa “sociedade viciada” e com um espaço de manobra muito reduzido…

O que me leva a questionar para onde caminhamos? E porquê?

Estamos neste momento com as saídas condicionadas, se não mesmo bloqueadas pela actual crise e por compromissos que tinham que ser assumidos sob pena de ficarmos isolados neste cantinho da Europa. Mas é urgente encontrar novos modelos e novas estratégias de desenvolvimento para fazer face a um passado recente marcado por uma actividade económica suicida, cujo resultado está bem presente no quotidiano de todos nós.
Como já referi várias vezes em outras notas, o repetir de políticas erradas e de modelos de desenvolvimento desajustados às realidades existentes foram a nota marcante dos últimos anos, quer no plano nacional, regional ou local.

A desregulação politica praticada até ao limite! Associando-se a falta de transparência, rigor e responsabilidade que acabou por condenar a tão apregoada sustentabilidade que me “venderam” desde miúdo. Hoje chego á conclusão que a mesma não saiu do papel! Mais grave ainda, é que muitos políticos nunca conseguiram entender o significado e abrangência desse termo, condenando o presente e hipotecando o futuro de todos nós!

No meio de tanto desnorte, tenho que saudar o actual 1.º Ministro Dr. Pedro Passos Coelho, pela forma objectiva, frontal e responsável que tem transmitido aos portugueses a situação actual do país. O país e os portugueses necessitam de saber a verdade para poder acreditar no presente e sobretudo ter esperança no futuro! Vivemos uma época onde a necessidade de clarificação destes e muitos outros aspectos em prol da sustentabilidade democrática era e é urgente se não mesmo crucial para o futuro de Portugal.

Temos que progredir na nossa democracia, pois não podemos continuar a conviver de igual forma com lícito e ilícito, não podemos permanecer impávidos e serenos ao emergir de uma constante quebra de valores morais e éticos nas diferentes interacções e relações existentes em sociedade. A responsabilidade, o rigor e a justiça têm que fazer parte do nosso dia a dia…

Urge mudar comportamentos, alinhar objectivos e adoptar novas estratégias de desenvolvimento, sem esquecer de “responsabilizar” os protagonistas pela actual situação!
Acredito que neste momento estamos no início desse percurso de reformulação democrática! Mas será que ainda vamos a tempo… acredito que sim!
Fernando Marreiro

15/03/2012

Como abordar o conflito organizacional (na administração pública!)

O que é o conflito?«Conflito é o processo que começa quando uma parte percepciona que frustrou a outra ou está prestes a frustrar algo que lhe diz respeito.»
Kenneth Thomas
Como em outras organizações o conflito na administração pública assenta em determinadas formas de estar, interesses ou objectivos, tendo na oposição outras formas de estar, interesses ou objectivos. É a oposição ou o desacordo existente dentro ou entre trabalhadores, grupos, equipas, serviços, departamentos e politicas que origina e alimenta o conflito nestas estruturas.

E porquê o conflito na administração pública?
Quando estudamos ou para quem conhece bem este tipo organizações, por si só, a forma como elas estão estruturadas originam situações e ocorrências de potenciais situações de conflito.

Principais causas por mim identificadas!
1.São estruturas constituídas por trabalhadores que estão interligadas por hierarquias diferentes de acordo com as suas funções e responsabilidades, daí o emergir de conflitos;
2.Quando existe um grande distanciamento hierárquico aumentam os problemas de comunicação organizacional, quase sempre ao nível da perda da partilha da informação e consequentemente problemas ao nível do desempenho organizacional;
3.Se a estratégia organizacional (visão, missão, objectivos) está mal definida ou de deficiente implementação provoca o denominado «choque hierárquico» originando com isso conflito;
4.A interpretação da organização no plano dos recursos humanos vai mais além do que um simples local de trabalho (Ex. transporte do problemas pessoais para dentro das organizações que potenciam conflitos);
5.Diferentes estilos de gestão e de liderança praticados dentro da mesma organização e em muitos casos dentro da mesma estrutura organizacional, somando-se a isso a dificuldade e diferença de níveis assimilação por parte dos trabalhadores;
6.Expectativas dos recursos humanos ignoradas, proteladas, subavaliadas e em muitos casos também as dos cidadãos (cliente);

Todos sabemos que conflitos organizacionais são uma inevitabilidade! Que tem que ser assimilada pela organização a todos os níveis. Na administração pública a criação de condições para gerir esses interesses, necessidades, sensibilidades e pontos de vista diferentes é urgente pois o conflito organizacional caminha lado a lado com isso, ainda mais no actual momento de crise em que as reformas na administração pública são inevitáveis.
Conflito organizacional do ponto de vista teórico:
Transportando a teoria para prática o conflito surge sempre quando o ponto de vista de outra pessoa é diferente do nosso, associando-se depois a questão da manipulação, agressividade e inclusive a recusa de posições, onde o desejo subjacente é sair vencedor da situação.
Pergunto? O conflito organizacional poderá ser resolvido antes de atingirmos o patamar da “violência”?
Claro que sim! Definindo e implementado uma estratégia de comunicação ao nível da Gestão de Recursos Humanos assente no dialogo e abertura de toda a organização de forma a permitir a introdução e reflexão entre as partes envolvidas no conflito…
Como?
1.Estruturando e implementando uma estratégia de comunicação o mais aberta possível;
2.Criar mecanismos para interpretação e sentir a organização (prestar atenção aos sinais não verbais dos diferentes serviços e estratos de recursos humanos);
3.Permitir a expressão de sentimentos a todas as partes envolvidas no conflito;
4.Dar uma resposta efectiva às necessidades das estruturas e trabalhadores;
5.Reconhecer as necessidades e preocupações das estruturas e trabalhadores;
6.Criar mecanismos isentos de escuta das diferentes estruturas e trabalhadores para permitir a introdução da mediação e negociação no conflito;
Estou convicto que o caminho da gestão de conflitos na administração pública passa inevitavelmente pela implementação efectiva do termo negociação, ainda mais quando as técnicas são conhecidas e os problemas estão identificados…
Não se pratica vá lá saber-se porquê!
Fernando Marreiro
Deputado Municipal PSD - Lagos

10/03/2012

Qual o MELHOR PERFIL de candidato a Presidente da Câmara Municipal de Lagos em 2013?...

Nos últimos dias corre de «boca em boca» a realização de uma sondagem que não se sabe a sua origem! Mas que certamente foi realizada no sentido de esclarecer qual o posicionamento politico actual no Concelho de Lagos.

Este tipo de investigações quando realizadas sem enviesamentos ajudam a adaptar nomes a perfis políticos pré-determinados no candidato A ou B ou no partido C ou D. Os resultados geralmente são verídicos e (também…) ajudam a influenciar os eleitores indecisos num determinado sentido de voto.

Mas só isto chega, no mínimo é questionável quando se pretende o melhor para a cidade em função das expectativas dos eleitores?

Cada vez mais somos confrontados com o descrédito na política e nos políticos, em que todos são avaliados pela mesma bitola (diga-se de passagem sem razão!). Como em qualquer profissão existe a necessidade dos partidos políticos definirem á priori um perfil politico ideal antes de se «apresentarem» a sondagens e sobretudo a votos.

E porquê?

Para não cairmos no erro de potenciar candidaturas e eleitos que apesar de legitimados pelo voto!... no desempenho ou os modelos de gestão / desenvolvimento escolhidos acabam por se revelar um desastre para quem os elegeu.

A necessidade de dar resposta a esse tipo de erros começa dentro das próprias estruturas políticas, minimizando assim o risco e o impacto negativo que uma escolha errada pode ter numa cidade, num concelho, numa região. Basta olhar para a situação que se vive no país e a resposta está dada… promessas e mais promessas originaram divida e mais divida!

Não seria mais lógico em primeiro lugar efectuar:

· O levantamento e caracterização sócio económica actualizada do Concelho;
· A avaliação junto da população das politicas e modelo de desenvolvimento escolhido e levado a cabo nos últimos anos;
· Explorar as expectativas da população para o futuro;
· O levantamento ou caracterização do estado e trabalho desenvolvido das diferentes forças e personalidades políticas representadas em Lagos;
· Quem são os actuais políticos? o que fazem? que competências têm? qual competência politica, técnica ou social?;
· Avaliar se um “sorriso e uma palmada nas costas” se sobrepõem às diferentes competências;
· Saber quem ou qual a população que vota e sobretudo a faixa etária, estrato social e meio habitacional (rural ou urbano);
· Outros aspectos;

Este tipo de investigação permite aos partidos políticos a escolha do melhor perfil para um potencial candidato, que em função do contexto / momento pode recair numa determinada tipologia de pessoa e não noutra.

Pergunto qual o melhor perfil para um candidato se apresentar a votos em Lagos nas autárquicas de 2013?

1.Aquele que se demonstrar mais interessado e mais próximo da população?
2.O que apresentar mais ideias (promessas) e como as vai realizar?
3.O passado e presente do candidato?
4.Um candidato que não seja mentiroso?
5.Um candidato que seja honesto, sincero e verdadeiro?
6.Um candidato que seja mais técnico que politico?
7.Um candidato que seja mais politico que técnico?
8.Um candidato mais jovem?
9.Um candidato mais velho?
10.Outras características…

A resposta é difícil e não dependerá apenas de uma variável, mas sem uma avaliação prévia para minimizar uma má escolha o risco para futuro de Lagos será muito maior!


Fernando Marreiro

12/01/2012

CRIAÇÃO DE PERCURSOS PEDESTRES, EQUESTRES E BTT NA FREGUESIA DE BENSAFRIM

Em Novembro escrevi um post com o título Mercado Municipal de Bensafrim está às Moscas... o caricato é que o Presidente da Junta está calado!,(http://de-lagos-a-bensafrim.blogspot.com/2011/11/mercado-municipal-de-bensafrim-esta-as.html) onde salientava o problema criado pelo “brutal” aumento das taxas, mas mais que isso relatava a “inoperância politica” de quem governa a Vila de Bensafrim, escrevendo o seguinte «E o caricato é que o Presidente da Junta está calado!… estando no poder! Imaginem na oposição o que seria…»

Hoje quando «revolvia» umas diskettes de 2003, encontrei uma proposta minha para criação de percursos pedestres, equestres e btt na freguesia de Bensafrim. Na altura era secretário do executivo da junta e o presidente a mesma pessoa que é hoje, lembro-me da proposta ter sido bem acolhida, mas por opção de investimento (que era muito pouco!) não foi realizada, contudo ficou em «carteira» para futura execução.

Volvidos nove anos, bem poderia ser aproveitada no sentido de dinamizar a freguesia de Bensafrim que bem necessita…os circuitos estão naturalmente criados, bastava criar alguns placards informativos ao longo do(s) percurso(s) e apostar numa forte divulgação, onde cada vez mais podemos utilizar meios gratuitos de que são exemplo as redes sociais!...


Fica uma vez mais no ar a (ideia) proposta! Porque Bensafrim bem merece…
Fernando Marreiro
Deputado Municipal PSD/Lagos
Membro da Assembleia Distrital PSD/Algarve

29/12/2011

O P.S.D. LAGOS VOTOU CONTRA - GRANDES OPÇÕES DO PLANO (GOP) E ORÇAMENTO PARA 2012

Ontem, na reunião da Assembleia Municipal de Lagos foram debatidos e votados as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2012. O PSD e CDU votaram contra, BE absteve-se e PS e CDS/PP votaram a favor, viabilizando assim a sua aprovação.

A posição da bancada do PSD foi defendida pelo seu líder, o Deputado Municipal Eurico Correia. Apresento aqui um resumo da sua intervenção:

«É com muita preocupação que o PSD olha para a situação actual do Concelho, onde a politica de desenvolvimento escolhida pelo partido socialista tem o seu reflexo no descalabro estrutural das finanças locais. A desorientação, a falta do rigor e objectividade quando nos debruçamos sobre as Grandes Opções do Plano ou do Orçamento é bem patente do estado em que as coisas estão, porque a apresentação destes dois documentos vai mais além dos requisitos legais, os mesmos “deveriam” ser o suporte estratégico da actividade da autarquia ao nível da gestão para o ano 2012, o que não acontece.
(…)
Ao contrário é dada continuidade a uma documentação irrealista onde as Grandes Opções do Plano não passam da recolha de informação em bruto que depois não é devidamente tratada e integrada no orçamento (Ex. Viabilizar os parques empresariais de Bensafrim, Almádena e Odiáxere (pag.8 GOP) onde constam no orçamento?... ou Dinamizar o edifício do mercado dos escravos, no âmbito da rede museológica municipal e da UNESCO, e desenvolver programas de divulgação do fenómeno da escravatura… onde constam e como constam as rubricas no orçamento). Temos ainda os objectivos estratégicos diria quase “jogados” dentro das GOP nas páginas 61 e 62…
(…)
Os documentos não reflectem uma estratégia integrada! Outro exemplo é a questão da subvalorização às questões centrais da actual situação da autarquia, ou seja o desequilíbrio das receitas - que são apx. de 30 a 36 milhões de euros ano (tão badalada causa justificativa do PS para actual situação da autarquia…) que é projectada em orçamento na ordem dos €73.028.303… no mínimo um contra-senso! No lado das despesas é visível o elevado compromisso financeiro que está assumido pela autarquia (empréstimos e compromissos), contudo quando olhamos para as GOP estamos aparentemente perante mais compromissos (Exemplos são muitos como os já referidos).
(…)
Os documentos aqui apresentados deveriam ser mais rigorosos visando uma gestão mais eficiente e realista das finanças locais. Seria desejável para o bem de Lagos que o partido socialista tivesse retirado os pontos fortes e fragilidades do balanço efectuado aqui nesta casa do último relatório de gestão e a partir daí tivesse elaborado a estratégia para 2012…Mas não, estamos perante uma documentação unilateral e insuficiente á realidade actual criada pelo partido socialista! Que agora quer arranjar sustentabilidade há insustentabilidade criou (ex. parques de estacionamento, consultorias desnecessárias, curva do autódromo, cineport, frente ribeirinha, caravela, etc.).
(…)
O mais grave que errar é a continuar a persistir no erro… pois sabendo-se inclusive pelo último relatório dos revisores de contas já aqui debatido (e facto assumido pelo PS…) do desequilíbrio estrutural das contas da autarquia… leva o PSD a questionar onde estão as verdadeiras politicas nestes documentos e em especial no orçamento? Onde está o relançamento económico do concelho? Onde está uma linha de actuação para o equilíbrio da situação caótica actual e futura da autarquia? Como encaramos o futuro de Lagos?(…)
É esse o equilíbrio que não encontramos na conjugação dos GOP com o Orçamento para 2012… cuja importância estratégica dos mesmos deveria ter sido assumida de outra forma! Assim e com o “pouco espaço de manobra existente” estamos ainda a reforçar o colapso do concelho, onde o PSD prevê um aumento do passivo para 2012 no mínimo de 12 milhões de euros.(…)
Por último e se não for incómodo o porquê de outros e mais outros no orçamento… temos rubricas de 500€ devidamente descriminadas e temos outros de 55.000€ a 400.000€ sem qualquer descriminação (pág. 8 do orçamento – despesas).
(…)
Concluímos:
O PSD não esquece que a actual crise financeira, económica e social veio agravar a situação da autarquia, mas sobretudo considera que a dita crise veio antecipar as fragilidades estruturais do modelo de desenvolvimento que o Partido Socialista escolheu para Lagos… fragilidades essas há muito identificadas e com alertas e propostas sucessivas do PSD… No que se refere a estes documentos mais uma vez a palavra “sustentabilidade é usada de forma preversa!”

O PSD vota contra às GOP e ORÇAMENTO.
Grupo da Assembleia do PSD.»


A titulo de exemplo e de acordo com os documentos fornecidos nesta reunião, deixo um quadro da actual situação financeira da autarquia, que acaba por reforçar a posição do PSD quanto ao irrealismo dos documentos apresentados para 2012!… pois se olharmos para a receita prevista no orçamento para 2011 na ordem dos 65 milhões de Euros e que em Novembro a receita realizada situa-se na ordem dos 36 milhões de Euros… situação que vem sendo seguida ano após ano!...

Na prática para 2012 temos 73 milhões de euros em orçamento… mas na realidade uma liquidez através das receitas na ordem dos 36 milhões de euros!... Ainda existe o património mas como diz o povo "vão-se os anéis ficam os dedos!" e claro que as questões ligadas ao património neste momento também estão inflacionadas!!!
O quadro referido:


Fernando Marreiro
Deputado Municipal PSD e Membro da Assembleia Distrital do PSD - Algarve

08/12/2011

LAGOS: AS PREOCUPAÇÕES, A ANSIEDADE OU AS MOTIVAÇÕES COM AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2013 JÁ COMEÇAM SURGIR COM ALGUMA FREQUÊNCIA…

Ultimamente tenho notado que é com alguma frequência que em conversa de café com amigos, na imprensa, na blogosfera ou até mesmo nos partidos políticos, que as preocupações, a ansiedade ou as motivações com as eleições autárquicas de 2013 já começam surgir com alguma frequência. Nesse sentido decidi aprofundar este tema das autárquicas em Lagos efectuando uma recolha estatística de resultados e tentar analisar sociologicamente alguns movimentos no sentido de voto praticado pelos Lacobrigenses em torno do PS e do PSD.

Comparando o PS das eleições autárquicas de 2009 com o PS das eleições de 1982 temos uma diferença de 2728 votos a mais em 2009. Eu estou convicto que existem algumas varáveis explicativas além da obra apregoada pelo PS que suportam este facto, por exemplo em 1982 a CDU obteve 2486 em 2009 apenas 745 votos, mesmo somando os 597 votos do Bloco Esquerda ficamos com um total de 1342 votos, ou seja uma perda de 1144 votos de 1982 para 2009. Esta tendência aparece essencialmente com o Partido Socialista de Júlio Barroso, mas é um facto o eleitorado destes dois partidos dificilmente vota PSD e no mínimo 1500 votos foram transferidos desde 2001 da CDU e Bloco para o PS.
No PSD é importante estudar a evolução comparativa e muito similar das derrotas de 1982 (3364 votos) e 2009 (3210 votos), tendo esta última um contexto muito próprio dado que a obra do PS... a crédito mas de impacto notável estava há vista de todos! não se sabia era o montante a pagar, por outro lado, com a inexistência de divisão de votos na esquerda os valores obtidos pelo PSD poderão ser considerados como normais.

A quantificação estatistica também nos diz que a diferença entre no número de votantes de 1982 - 11613 e 2009 -12499, apenas mais 886 votantes não é significativa, temos sim uma abstenção que em 1982 foi de 25,39% (3952 eleitores) e em 2009 42,65% (9588), a única variável que tem crescido e de que forma em Lagos. Quando se fala da grande influência do Partido Socialista no Concelho de Lagos tenho neste momento algumas dúvidas (...) reconheço que a mesma existiu num pós 25 de Abril até ao final dos anos oitenta (…) mas há que referir que não fez melhor na oposição do que o PSD tem feito, vejamos que entre 1989 e 1997 o PS teve como resultados números idênticos aos do PSD ou seja na ordem dos 3000 a 3500 votos (…) tínhamos sim uma CDU com uma votação superior a 2000 votos.

A estatística vale o que vale, mas importa reflectir sociologicamente nos dados e nos movimentos da população Lacobrigense, em torno dos momentos políticos. Posso retirar da pesquisa que fiz, que temos sim cerca 2000 eleitores que votam PS ou PSD de acordo com as politicas de prosperidade implementas por cada partido e ou no descontentamento com as essas mesmas politicas e partidos. Por outro lado o PS em 1989 (3574 votos) como o PSD em 1985 (2200 votos) ao avançarem com candidaturas orientadas para dentro do partido… com “quezílias” internas, fechadas e sem oposição incisiva tiveram resultados desastrosos.

A futurologia que já se faz todos os dias na cidade de Lagos em torno destes dois partidos e em particular para o PSD onde tenho responsabilidades é puramente especulativa. Concluindo que a escolha das lideranças políticas para 2013 é um factor muito importante! (…) Mas na minha opinião os ciclos políticos muitos mais como nos diz o historial das eleições autárquicas em Lagos.

Uma nota final para a abstenção que necessita de ser conquistada pois cerca de 42,65% é muito…mesmo muito! Quanto ao método dedutivo, especulativo e influenciador que muitas vezes temos a tendência de aliar a estas questões … deve ser colocado de lado e sim procuremos OBJECTIVIDADE! fundamentada claro...

Fernando Marreiro
Deputado Municipal PSD
MilitantePSD

04/12/2011

Francisco Sá Carneiro fica a Homenagem…

"A liberdade de pensar é a liberdade de ser, pois implica a liberdade de exprimir o pensamento e a de realizar na acção" - Francisco Sá Carneiro
A minha simples homenagem a Francisco Sá Carneiro neste 4 de Dezembro de 2011.

«Francisco Sá Carneiro faleceu na noite de 4 de Dezembro de 1980, em circunstâncias trágicas e nunca completamente esclarecidas, quando o avião no qual seguia se despenhou em Camarate, pouco depois da descolagem do aeroporto de Lisboa, quando se dirigia ao Porto para participar num comício de apoio ao candidato presidencial da coligação, o General António Soares Carneiro.»

Neste momento dificil para Portugal e para Europa (...) a visão e o ser humano:

“A Europa já não é miragem como era a Índia, já não é a panaceia que tudo vai resolver, é sim a oportunidade que se nos dá de, com o nosso próprio esforço e a nossa riqueza, acedermos a um nível de desenvolvimento e de dignidade que hoje não temos.” Francisco Sá Carneiro
Viva Francisco Sá carneiro!
Viva Portugal.
Fernando Marreiro
Deputado Municipal PSD

Foto Fonte: http://pt-br.facebook.com/pages/Francisco-S%C3%A1-Carneiro/66745818880

21/11/2011

Mercado Municipal de Bensafrim está às Moscas!...

Mercado Municipal de Bensafrim está às Moscas... o caricato é que o Presidente da Junta está calado!


Em 2010 o PSD votou contra o Regulamento e Tabela de Licenças e Taxas Municipais proposto pelo Partido Socialista (…) ficou a posição política. Mas o facto é que quem pagava essas taxas! ou continua a pagar ou desistiu…
Com as devidas adaptações e aplicações a Junta de Freguesia de Bensafrim decidiu aplicar o regulamento de taxas e licenças nomeadamente no mercado municipal de Bensafrim, como da cidade de Lagos se trata-se! Ora se os comerciantes dos mercados municipais de Lagos já se queixavam e com razão do aumento que lhes foi contemplado (…) estão a imaginar em Bensafrim, ficaram as paredes e um vendedor de peixe.
No mercado de Bensafrim existiam três vendedores de peixe e três de fruta/ legumes, isto durante todos os dias da semana, já que ao fim de semana sempre apareciam no mínimo mais dois. Em 2010 ainda conversei com alguns desses comerciantes de Bensafrim sobre o impacto que teriam aqueles aumentos e todos eles de transmitiram que em princípio iriam desistir… situação que se veio a confirmar!
Tenho acompanhado desde então esta situação, esperei que pudessem aparecer outros comerciantes e até á presente data nada! Esperei que a Junta de Freguesia interviesse nesta situação e nada! (…) Não quis falar ou escrever sobre assunto (…) senão ainda seria "acusado" de má-língua ou de outra coisa parecida! Mas paciência tem limites… a Junta de Freguesia queria tanto as receitas que deixou o mercado ficar vazio e o mais grave é que não toma uma posição, uma medida, uma proposta (…) «foi a Câmara, foi a Câmara!»

Controlem o licenciamento, pratiquem valores mínimos ou então que seja gratuito! Agora vazio é que não… E o caricato é que o Presidente da Junta está calado!… estando no poder! Imaginem na oposição o que seria…
Fernando Marreiro
Deputado Municipal PSD


foto: http://cdn2.igogo.pt/fotos/06/30/mercado-municipal-de-bensafrim.jpg

16/11/2011

DESENHO ORGANIZACIONAL PARA AS AUTARQUIAS!...

«Mas também tenho a convicção que Administração Pública a determinados níveis necessitava de um “abanão”, pois se considero que ela está de facto numa fase de transição e ou mudança em termos de melhoria global de prestação de serviços. Também muito há a fazer no que se refere ás denominadas burocracias verticais e centralizadas, pois ao considerarmos uma actualidade marcada e caracterizada pelas constantes e rápidas mudanças, pela concorrência global e pelos clientes exigentes, as denominadas burocracias não beneficiam em nada o funcionamento da Administração Pública, nem se enquadram nesta “Aldeia Global”(...) mais! não têm lugar no actual panorama em que está mergulhada a sociedade!.... Servindo apenas de entrave ao desenvolvimento e a prosperidade do fenómeno laboral e social.»
Por: Marreiro, Fernando – 2004 in «A Avaliação de riscos profissionais dos Cantoneiros de Limpeza ao nível do sector de Higiene, Limpeza e Recolha de Resíduos Sólidos» – Universidade do Algarve (Escola Superior de Turismo).

14/11/2011

AFINAL HÁ ELEIÇÕES?... E HÁ ELEIÇÕES QUE DÃO QUE PENSAR!...

Mas afinal o que é uma eleição? Seja ela politica, desportiva, associativa, etc?

"Eleição é todo processo pelo qual um grupo designa um de seus integrantes para ocupar um cargo por meio de votação. Na democracia representativa, é o processo que consiste na escolha de determinados indivíduos para exercerem o poder soberano, concedido pelo povo através do voto, devendo estes, assim, exercerem o papel de representantes da nação. A eleição pode se processar com o voto de toda a comunidade ou de apenas uma parcela da comunidade, os chamados eleitores.» Sendo que a Eleição directa «É aquela em que os candidatos a exercer mandatos políticos são eleitos directamente pelo povo. Este é o modelo utilizado na democracia representativa".

No que diz respeito a definições parece-me a mim que não existem dúvidas para ninguém!... considerando que em qualquer processo de eleição é perfeitamente legítimo, ético e primordial que qualquer votante tenha a liberdade de formular uma opinião mais favorável às hipóteses de voto apresentadas. Mas! hoje fiquei preocupado e levei o resto da tarde a pensar no que um amigo me disse sobre o que se tinha passado nas eleições de uma associação (não interessa o nome), em que uma lista concorrente tinha arranjado mecanismos para controlar as pessoas na votação a efectuar!... até lhe disse: «não pode ser! epá não acredito! uma verdadeira votação democrática deve ser sem manipulação» (…) Tenho ainda dúvidas que isso possa ter acontecido... mas fiquei a pensar no que me foi relatado e de facto todos os dias verificamos o quanto é difícil respeitar as regras de jogo desta nossa democracia (...) mas mesmo assim não acredito!... Numa associação de bairro... onde toda a gente se conhece...

Disse a esse amigo que gosta muito dessa associação! para não se preocupar com isso (...) pois ao existir manipulação é porque quem foi manipulado gosta disso!... se houve alguém que manipulou? ficamos no minimo a conhecer o "caracter" dessas pessoas (...) recomendei-lhe para ficar descansado, pois se a verdade não ganhou!... foi apenas por uma questão de tempo...

O que relatei foi um facto veridico transmitido por uma amigo cujo os contornos especificos desconheço (...) mas não coloco em causa. Mas de facto esta sociedade em que estamos mergulhados chegou ao vale tudo, não há ética, não há moral, não há valores é tudo o poder pelo poder e eu a pensar que já tinhamos passado essa fase! Mas se calhar ainda não... digo eu.

PENSAMENTO DO DIA RELATIVO A UM RELATO DE UM AMIGO

Fernando Marreiro

Deputado Municipal PSD

Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre