23/07/2012

FUI UM PRIVILEGIADO EM CONHECER O AMIGO E SOCIÓLOGO NUNO FERRO…


Posso dizer que fui um privilegiado em conhecer o amigo e sociólogo Nuno Ferro, nos vários papéis que desenvolveu na e para a sociedade lacobrigense. Com uma prática social invejável, não tenho dúvidas que produziu efeitos e transformações sociais que jamais serão esquecidas nesta cidade.
Conheci o Nuno na frequência do Curso de Sociologia e posteriormente no CASLAS (Centro Juvenil), já aí ressaltava o excelente trabalho que ele desenvolvia com miúdos. Mais tarde trabalhamos em parceria com o projecto de luta contra à pobreza no Chinicato, sendo este projecto um marco no seu percurso profissional. Às vezes não estávamos de acordo, mas honra seja feita o Nuno “partiu pedra” com esse projecto e marcou decisivamente para sempre aquelas famílias. Destaco ainda o seu desempenho e intervenção social no bairro da meia praia, bairro dos moinhos e em outros com qualidade igual ou superior ao primeiro.
Em outras dimensões do relacionamento social ou em outros papéis profissionais, destaco o papel deste Colega na dinamização e implementação da rede social em Lagos. Para mim simplesmente bestial, pois se subsistiam algumas dúvidas das suas capacidades no plano teórico e metodológico, ou ainda no plano técnico e relacional, elas estavam brilhantemente dissipadas com o seu empenho, conhecimento e dedicação que impôs na implementação na rede social em Lagos.
Em outro dos papéis que conheci o Nuno, foi como formador e mais uma vez me surpreendeu pela conjugação da simplicidade com a exigência ou do rigor com o conhecimento. Ou ainda como “politico” quando foi mandatário para a juventude do partido socialista nas autárquicas de 2001, desempenhado aí um papel importante na vitória do partido socialista em Lagos.
A sua actividade profissional incluiu a par da investigação sociológica, várias dimensões do relacionamento social e vários papéis profissionais, marcadas pelo rigor deontológico e com uma frontalidade impressionante.
Que a sua alma descanse em paz!
Fontes: foto de Nuno Borges
Fernando Marreiro
Sociólogo
Deputado Municipal do PSD

21/07/2012

«A PORTA DA MUDANÇA POLÍTICA EM LAGOS ESTÁ NESTE MOMENTO ABERTA… MAS!»

O estudo de opinião realizado por este “blog” contou com um total 217 participantes. De referir que se trata de uma amostra não controlada porque cada participante poderia votar mais que uma vez, quer por computador diferente ou renovação de IP.
Mas seu resultado dá-nos algumas pistas interessantes de análise sociopolítica relativamente a em quem está no poder, ou para quem é oposição em Lagos.
Resultados:
1.    Ainda se lembra qual foi o partido que votou nas últimas eleições autarquias em Lagos?

2.    Concorda com as decisões políticas tomadas em Lagos depois das autárquicas 2009 (ex. Aumento de taxas, água, saneamento, etc.)?

3.    Concorda com os Parques de estacionamento subterrâneos construídos em Lagos?

4.    Como avalia a oposição do PSD /Lagos desde as Autárquicas 2009?


5.    Como avalia o desempenho de quem está no poder em Lagos desde 2009?


Entre outras leituras as primeiras três questões revelam e sobretudo confirmam que os eleitores sabiam muito bem em quem votar em 2009. Não interessam as razões, nem as não vou aqui explorar, deixando essas conclusões e interpretações para os visitantes do blog de Lagos a Bensafrim.

As respostas às questões referidas no anterior parágrafo revelam um descontentamento generalizado com as medidas que têm vindo a ser seguidas pelo actual poder em Lagos. Os eleitores questionam-se sobre a necessidade ou não de determinadas obras que foram levadas a cabo em Lagos, reflexo esse visível na questão referente aos parques. O tipo de respostas obtido não está certamente dissociado da actual crise que se vive, mas também está certamente relacionado com o “esbanjamento” exagerado e sem nexo das “mordomias” que o actual poder levou a cabo até 2009, cuja “factura” está agora em casa de todos os Lacobrigenses, daí os resultados da questão n.º2.

No desempenho político para quem está no poder ou oposição as respostas transmitem de forma clara o sentimento em relação a ambos, mais uma vez não podemos esquecer a crise, mas pergunto? Será só reflexo da crise…

Para quem está no poder sofre naturalmente do desgaste político que lhe está inerente. Mas em Lagos as causas são “agora” conhecidas do cidadão comum, tivemos um desenvolvimento assente no “descalabro financeiro” e num “planeamento desnorteado” que conduziu a autarquia e o concelho ao estado actual de «penúria». As respostas a estas questões são o reflexo disso mesmo retirando-se como conclusão que situação já é visível e sobretudo “palpável” pelos Lacobrigenses, inclusive é perceptível de todos que a situação vai agudizar-se! Logo não será de esperar dias fáceis para quem está no poder em Lagos até ao fim de mandato.

A porta da mudança política em Lagos está neste momento aberta… Mas!

Os resultados obtidos em torno do desempenho do PSD enquanto maior partido da oposição desde 2009 são no mínimo reveladores de uma coisa! ausência de oposição e de posição politica… neste aspecto e atendendo às minhas responsabilidades enquanto social democrata fico-me por aqui, pois serão assuntos a ser abordados, terão de o ser noutro fórum!...

Fernando Marreiro
Deputado Municipal do PSD

05/07/2012

“JOBS FOR THE BOYS” SIM! MAS COM PONDERAÇÃO E BOM SENSO!...

O termo vulgarizado “Jobs for the Boys”, que constantemente somos bombardeados no dia-a-dia, resume-se ao significado do favorecimento de uns em detrimento de outros!... Hoje em dia é um termo banalizado, vulgarizado e sobretudo “mal visto” pela sociedade em geral, pois está conotado e centralizado quase sempre em razões de preferência política independentemente do partido.
Mas será errado existir razões de preferência política para quem governa? Certamente que não!
O problema é que a prática dos “Jobs for the Boys” obedece a uma lógica de confiança política, diga-se em muitos casos dúbia e reveladora de um desconhecimento do desempenho profissional, ético e moral dos escolhidos que é confrangedora.
Tenho visto e acompanhado desde que ando na politica (1990), casos em que a essa preferência não vai mais além do que uma oportunidade de premiar o compadrio, o que me leva a questionar? Onde fica a capacidade de trabalho, o conhecimento, a inteligência, a experiência de vida, a intuição e visão, a capacidade de inovação e liderança e sobretudo a ética e moral que uns «boys» têm e outros não!...
Desde que respeitados (diria satisfatoriamente) os parâmetros atrás referidos, seria lógico e aceitável nomear para cargos de confiança política os denominados «boys». Porque também é verdade que para estes cargos existe quase sempre a necessidade de se (re)definir um rumo ou uma estratégia politica a vários níveis hierárquicos, onde o facto da confiança politica é parte essencial para garantir a execução das politicas traçadas por quem governa.
Diria que, “Jobs for the Boys” sim! mas com ponderação e bom senso!... e já agora de preferência para  os melhores e mais bem preparados!
Fernando Marreiro
Deputado Municipal PSD

20/06/2012

LAGOS – O “MEU CANDEEIRO” PODE CONTINUAR A DAR O SEU CONTRIBUTO…

Há uns meses atrás fui alertado por um vizinho, que a zona das nossas habitações é a única da rua que dá contributo para a redução da factura municipal com a electricidade. De facto nunca tinha reparado nessa situação mas é VERDADE! Expliquei-lhe a necessidade de tais medidas e que concordava com as mesmas quer como munícipe ou como de deputado municipal.
Mas factos são factos e neste tipo coisas os critérios aprovados têm que ser seguidos, não podem ser uns num local e outros noutro local. Já questionei quem de direito mas tudo continua na mesma?... Fiquei sim! a saber em plenário da Assembleia Municipal pela boca do Sr. Presidente da Câmara que a factura da EDP paga pela câmara subiu!!!! Mesmo depois de se desligar tantas luminárias.
No que se refere à minha rua por mim o “meu candeeiro” pode continuar a dar o seu contributo para a diminuição do consumo, agora no mínimo aplique-se os critérios de forma uniforme!




Fernando Marreiro

Deputado Municipal PSD

06/06/2012

PRIVILEGIAR A REQUALIFICAÇÃO URBANÍSTICA EM DETRIMENTO DA EXPANSÃO NO ÂMBITO DA REVISÃO DO PGU DE LAGOS

Foi hoje apresentado e discutido em reunião de Câmara a revisão do PLANO GERAL DE URBANIZAÇÃO DE LAGOS. Constando da ordem de trabalhos a ponderação dos resultados da discussão pública e a versão final da proposta.
O PGU de Lagos é uma matéria de enorme importância para o futuro da cidade em termos de planeamento urbanístico, no qual e para o qual têm sido defendidas as mais diferentes “teses” profissionais, individuais, colectivas e politicas.
No plano politico, o PSD na campanha autárquica de 2009 apresentou no seu programa “101 Medidas para Lagos”, o que pensava sobre o assunto e quais as linhas de orientação defendidas para o PGU de Lagos. O eixo estratégico de actuação assumido pelo PSD no seu programa eleitoral foi «PRIVILEGIAR A REQUALIFICAÇÃO URBANÍSTICA EM DETRIMENTO DA EXPANSÃO NO ÂMBITO DA REVISÃO DO PGU DE LAGOS», o que acaba por contrariar as linhas de orientação política assumidas pela actual gestão camarária para o PGU de Lagos.
Constava do programa para as autárquicas 2009 o seguinte:
31.PRIVILEGIAR A REQUALIFICAÇÃO URBANÍSTICA EM DETRIMENTO DA EXPANSÃO NO ÂMBITO DA REVISÃO DO PGU DE LAGOS
No âmbito do processo de revisão e aprovação do Plano Geral de Urbanização de Lagos (PGU), tomaremos a opção de privilegiarmos a requalificação urbanística das áreas consolidadas, o reforço das centralidades existentes e o preenchimento urbano em detrimento da lógica da expansão urbanística defendida pela actual gestão política da Câmara Municipal e vertida na sua proposta de revisão do PGU apresentada em Janeiro de 2009.
A proposta de revisão do PGU que apresentaremos e discutiremos publicamente conterá outras linhas de força diferentes da proposta defendida pela actual gestão PS, designadamente:
 – Contrariar a ideia de fazer da urbanização da Fonte Coberta (designado “Tecnopólis”) o novo centro da cidade;
– Defender a centralidade e a lógica natural de desenvolvimento e consolidação terciária do eixo Centro Histórico-Zona Ribeirinha-Marina;
– Consagrar parâmetros urbanísticos muito mais moderados para a zona do designado ‘Tecnopolis’, nomeadamente, índice de ocupação (0,65) e número máximo de pisos (4);
– Consagrar o corredor previsto abolir pela actual gestão destinado à construção de uma nova via de acesso à Meia-Praia, na zona do Telheiro;
– Manter a Zona Especial de Protecção às Muralhas e Torreões de Lagos (Monumento Nacional), junto ao bairro 28 de Setembro, livre de qualquer ocupação com prédios, independentemente do número de pisos, contrariamente à proposta para a zona (ocupação com edifícios de 4 pisos) defendida pela actual gestão;
– Não estender o perímetro urbano a norte/nascente, junto ao aglomerado do Telheiro, além dos actuais limites;
– Prever uma nova travessia pedonal e ciclável (em túnel ou em ponte) entre as duas margens do canal da ribeira de Bensafrim, a sul da travessia em ponte actualmente existente;
– Compatibilizar o novo PGU de Lagos com o novo Plano de Ordenamento do Porto de Lagos, ao qual a actual gestão emitiu “parecer favorável condicionado” na sua reunião de 19/11/2008.
Fernando Marreiro (Deputado Municipal PSD)

Para consultar o documento original em:

28/05/2012

PSD Lagos - Agradecimento aos Militantes

Caras(os) Companheiras (os)

Agradecemos a todos voçês que participaram no acto eleitoral realizado no nosso partido no dia 26 de Maio de 2012. Pedimos desculpa aos militantes que por diversas razões não os conseguimos contactar, bem como  haverá mais oportunidades de participação para aqueles que por diversas razões não poderam estar presentes.

É de elevar a participação e o empenho das Companheiras e Companheiros que se envolveram neste processo e sobretudo aqueles em que a defesa dos ideais e valores que o nosso Partido encerra estão sempre na linha da frente da sua actuação. 

O nosso muito obrigado a todos militantes do PSD/LAGOS!!

Um abraço Amigo de todos os componentes desta lista.

Fernando Marreiro
Nuno Serafim
Eva Neto Pedro Paulino
Virgílio Callado
Sónia Sintra
Fernando Rosa
Eurico Correia

19/05/2012

O MUNDO, O QUOTIDIANO... UMA PERSPECTIVA E UM SENTIMENTO!

No mundo, num país, ou “numa” cidade marcada pela actual crise, o “vale tudo” é a palavra de ordem. Não interessa a corrupção, o compadrio ou a mentira! Somos todos os dias confrontados por uma sociedade viciada, oportunista e sobretudo individualista, marcada pela mediatização do supérfluo e pelos interesses instalados. A actual “cultura” gira em torno de que “lixar”, “empacotar”, “esconder”, “o disse que não disse” ou “corromper o próximo” são as grandes linhas da “ética e da moral” de muitos dos “seres” que lidamos no nosso dia-a-dia!… mas há-de chegar o momento de dizer já chega! Pois é eminente e sobretudo urgente uma profunda reflexão moral por parte da sociedade em geral sobre estes assuntos.

É necessário parar, reflectir e pensar no passado misturado com o presente, onde presença de valores como a honestidade, a ajuda ao próximo, a idoneidade, a transparência, a dedicação, o rigor, a integridade e sobretudo a verdade são necessários! diria imprescindíveis para ultrapassarmos o que muitos teimam em querer manter, mesmo sabendo que isso nos transporta para o “abismo” social. É urgente valorizar e distinguir o trabalho e esforço próprio daqueles que não “cilindraram” o “amigo” e ou “inimigo” para obter fosse o que fosse, simplesmente optaram por uma conduta assente em princípios éticos e morais, ou tão simplesmente por uma postura de vida diferente de determinadas “ervas daninhas” que teimam em permanecer muitas vezes bem perto de nós.

Será que conseguiremos ultrapassar este paradigma de “anomia e anestesia” social em que estamos mergulhados ou ultrapassar a tão simples “mesquinhez” que muitos se dedicam e praticam? Penso que sim!... E como? Denunciando, não pactuando e sobretudo adoptando uma postura ética e moral nas nossas tomadas de decisão, julgamentos ou até ajudas que muitas vezes nos solicitam!...

É bom sentirmo-nos bem com nós próprios sabendo que “estamos na linha da frente” com competência, com frontalidade e sobretudo “semeando” a verdade e não a mentira, “sem perseguirmos ninguém para não legitimar-mos quem nos queira perseguir”… devemos estar atentos ao que nos diz respeito e próximo daqueles em quem confiamos ou gostamos e ESPERAR PARA VER!

Fernando Marreiro
Sociólogo
Deputado Municipal PSD - Lagos

06/04/2012

Uma Páscoa Feliz a todos visitantes e amigos!

Desejo uma PÁSCOA FELIZ a todos os visitantes deste blog e amigos do facebook!
Dado ao actual momento de crise e sobretudo a uma cescente descredibilidade na politica e nos politicos, deixo a seguinte mensagem para reflexão:

«São os politicos que têm que mostrar o caminho aos cidadãos, em vez de ficarem imobilizados á espera que os cidadãos os julguem»
Jurgen Hubermas

Boa Páscoa... Um abraço!

Fernando Marreiro

02/04/2012

Qual o MELHOR PERFIL de candidato a Presidente da Câmara Municipal de Lagos em 2013?... RESULTADOS

Resultados do estudo de opinião do blog: “DE LAGOS A BENSAFRIM”

Qual o MELHOR PERFIL de candidato a Presidente da Câmara Municipal de Lagos em 2013?...
Variáveis em estudo:
1.Aquele que se demonstrar mais interessado e mais próximo da população!
2.O que apresentar mais ideias (promessas) e como as vai realizar!
3.O passado e presente do candidato!
4.Um candidato que não seja mentiroso!
5.Um candidato que seja honesto, sincero e verdadeiro!
6.Um candidato que seja mais técnico que politico!
7.Um candidato que seja mais politico que técnico!
8.Um candidato mais jovem!
9.Um candidato mais velho!
10.Outras características...
Votação total (15 a 30 de Março de 2012): 176 respostas quantificadas.
Variável mais votada:
«Um candidato que seja honesto, sincero e verdadeiro!»
Com 44% dos Votos (ver gráfico)

22/03/2012

Em época de profunda crise económica (…) ainda vamos a tempo… acredito que sim!

Em época de profunda crise económica, as desigualdades na sociedade portuguesa começam a disparar com o desaparecimento de uma classe média e de um tecido empresarial de pequenas e médias empresas cada vez menor. Na rua o sentimento de que estamos muito próximo de um colapso social transformou-se em conversa recorrente de muitos portugueses, onde as dificuldades económicas e a constante quebra de valores morais e éticos que se assiste todos os dias, transformaram Portugal em muitos aspectos numa “sociedade viciada” e com um espaço de manobra muito reduzido…

O que me leva a questionar para onde caminhamos? E porquê?

Estamos neste momento com as saídas condicionadas, se não mesmo bloqueadas pela actual crise e por compromissos que tinham que ser assumidos sob pena de ficarmos isolados neste cantinho da Europa. Mas é urgente encontrar novos modelos e novas estratégias de desenvolvimento para fazer face a um passado recente marcado por uma actividade económica suicida, cujo resultado está bem presente no quotidiano de todos nós.
Como já referi várias vezes em outras notas, o repetir de políticas erradas e de modelos de desenvolvimento desajustados às realidades existentes foram a nota marcante dos últimos anos, quer no plano nacional, regional ou local.

A desregulação politica praticada até ao limite! Associando-se a falta de transparência, rigor e responsabilidade que acabou por condenar a tão apregoada sustentabilidade que me “venderam” desde miúdo. Hoje chego á conclusão que a mesma não saiu do papel! Mais grave ainda, é que muitos políticos nunca conseguiram entender o significado e abrangência desse termo, condenando o presente e hipotecando o futuro de todos nós!

No meio de tanto desnorte, tenho que saudar o actual 1.º Ministro Dr. Pedro Passos Coelho, pela forma objectiva, frontal e responsável que tem transmitido aos portugueses a situação actual do país. O país e os portugueses necessitam de saber a verdade para poder acreditar no presente e sobretudo ter esperança no futuro! Vivemos uma época onde a necessidade de clarificação destes e muitos outros aspectos em prol da sustentabilidade democrática era e é urgente se não mesmo crucial para o futuro de Portugal.

Temos que progredir na nossa democracia, pois não podemos continuar a conviver de igual forma com lícito e ilícito, não podemos permanecer impávidos e serenos ao emergir de uma constante quebra de valores morais e éticos nas diferentes interacções e relações existentes em sociedade. A responsabilidade, o rigor e a justiça têm que fazer parte do nosso dia a dia…

Urge mudar comportamentos, alinhar objectivos e adoptar novas estratégias de desenvolvimento, sem esquecer de “responsabilizar” os protagonistas pela actual situação!
Acredito que neste momento estamos no início desse percurso de reformulação democrática! Mas será que ainda vamos a tempo… acredito que sim!
Fernando Marreiro

15/03/2012

Como abordar o conflito organizacional (na administração pública!)

O que é o conflito?«Conflito é o processo que começa quando uma parte percepciona que frustrou a outra ou está prestes a frustrar algo que lhe diz respeito.»
Kenneth Thomas
Como em outras organizações o conflito na administração pública assenta em determinadas formas de estar, interesses ou objectivos, tendo na oposição outras formas de estar, interesses ou objectivos. É a oposição ou o desacordo existente dentro ou entre trabalhadores, grupos, equipas, serviços, departamentos e politicas que origina e alimenta o conflito nestas estruturas.

E porquê o conflito na administração pública?
Quando estudamos ou para quem conhece bem este tipo organizações, por si só, a forma como elas estão estruturadas originam situações e ocorrências de potenciais situações de conflito.

Principais causas por mim identificadas!
1.São estruturas constituídas por trabalhadores que estão interligadas por hierarquias diferentes de acordo com as suas funções e responsabilidades, daí o emergir de conflitos;
2.Quando existe um grande distanciamento hierárquico aumentam os problemas de comunicação organizacional, quase sempre ao nível da perda da partilha da informação e consequentemente problemas ao nível do desempenho organizacional;
3.Se a estratégia organizacional (visão, missão, objectivos) está mal definida ou de deficiente implementação provoca o denominado «choque hierárquico» originando com isso conflito;
4.A interpretação da organização no plano dos recursos humanos vai mais além do que um simples local de trabalho (Ex. transporte do problemas pessoais para dentro das organizações que potenciam conflitos);
5.Diferentes estilos de gestão e de liderança praticados dentro da mesma organização e em muitos casos dentro da mesma estrutura organizacional, somando-se a isso a dificuldade e diferença de níveis assimilação por parte dos trabalhadores;
6.Expectativas dos recursos humanos ignoradas, proteladas, subavaliadas e em muitos casos também as dos cidadãos (cliente);

Todos sabemos que conflitos organizacionais são uma inevitabilidade! Que tem que ser assimilada pela organização a todos os níveis. Na administração pública a criação de condições para gerir esses interesses, necessidades, sensibilidades e pontos de vista diferentes é urgente pois o conflito organizacional caminha lado a lado com isso, ainda mais no actual momento de crise em que as reformas na administração pública são inevitáveis.
Conflito organizacional do ponto de vista teórico:
Transportando a teoria para prática o conflito surge sempre quando o ponto de vista de outra pessoa é diferente do nosso, associando-se depois a questão da manipulação, agressividade e inclusive a recusa de posições, onde o desejo subjacente é sair vencedor da situação.
Pergunto? O conflito organizacional poderá ser resolvido antes de atingirmos o patamar da “violência”?
Claro que sim! Definindo e implementado uma estratégia de comunicação ao nível da Gestão de Recursos Humanos assente no dialogo e abertura de toda a organização de forma a permitir a introdução e reflexão entre as partes envolvidas no conflito…
Como?
1.Estruturando e implementando uma estratégia de comunicação o mais aberta possível;
2.Criar mecanismos para interpretação e sentir a organização (prestar atenção aos sinais não verbais dos diferentes serviços e estratos de recursos humanos);
3.Permitir a expressão de sentimentos a todas as partes envolvidas no conflito;
4.Dar uma resposta efectiva às necessidades das estruturas e trabalhadores;
5.Reconhecer as necessidades e preocupações das estruturas e trabalhadores;
6.Criar mecanismos isentos de escuta das diferentes estruturas e trabalhadores para permitir a introdução da mediação e negociação no conflito;
Estou convicto que o caminho da gestão de conflitos na administração pública passa inevitavelmente pela implementação efectiva do termo negociação, ainda mais quando as técnicas são conhecidas e os problemas estão identificados…
Não se pratica vá lá saber-se porquê!
Fernando Marreiro
Deputado Municipal PSD - Lagos

10/03/2012

Qual o MELHOR PERFIL de candidato a Presidente da Câmara Municipal de Lagos em 2013?...

Nos últimos dias corre de «boca em boca» a realização de uma sondagem que não se sabe a sua origem! Mas que certamente foi realizada no sentido de esclarecer qual o posicionamento politico actual no Concelho de Lagos.

Este tipo de investigações quando realizadas sem enviesamentos ajudam a adaptar nomes a perfis políticos pré-determinados no candidato A ou B ou no partido C ou D. Os resultados geralmente são verídicos e (também…) ajudam a influenciar os eleitores indecisos num determinado sentido de voto.

Mas só isto chega, no mínimo é questionável quando se pretende o melhor para a cidade em função das expectativas dos eleitores?

Cada vez mais somos confrontados com o descrédito na política e nos políticos, em que todos são avaliados pela mesma bitola (diga-se de passagem sem razão!). Como em qualquer profissão existe a necessidade dos partidos políticos definirem á priori um perfil politico ideal antes de se «apresentarem» a sondagens e sobretudo a votos.

E porquê?

Para não cairmos no erro de potenciar candidaturas e eleitos que apesar de legitimados pelo voto!... no desempenho ou os modelos de gestão / desenvolvimento escolhidos acabam por se revelar um desastre para quem os elegeu.

A necessidade de dar resposta a esse tipo de erros começa dentro das próprias estruturas políticas, minimizando assim o risco e o impacto negativo que uma escolha errada pode ter numa cidade, num concelho, numa região. Basta olhar para a situação que se vive no país e a resposta está dada… promessas e mais promessas originaram divida e mais divida!

Não seria mais lógico em primeiro lugar efectuar:

· O levantamento e caracterização sócio económica actualizada do Concelho;
· A avaliação junto da população das politicas e modelo de desenvolvimento escolhido e levado a cabo nos últimos anos;
· Explorar as expectativas da população para o futuro;
· O levantamento ou caracterização do estado e trabalho desenvolvido das diferentes forças e personalidades políticas representadas em Lagos;
· Quem são os actuais políticos? o que fazem? que competências têm? qual competência politica, técnica ou social?;
· Avaliar se um “sorriso e uma palmada nas costas” se sobrepõem às diferentes competências;
· Saber quem ou qual a população que vota e sobretudo a faixa etária, estrato social e meio habitacional (rural ou urbano);
· Outros aspectos;

Este tipo de investigação permite aos partidos políticos a escolha do melhor perfil para um potencial candidato, que em função do contexto / momento pode recair numa determinada tipologia de pessoa e não noutra.

Pergunto qual o melhor perfil para um candidato se apresentar a votos em Lagos nas autárquicas de 2013?

1.Aquele que se demonstrar mais interessado e mais próximo da população?
2.O que apresentar mais ideias (promessas) e como as vai realizar?
3.O passado e presente do candidato?
4.Um candidato que não seja mentiroso?
5.Um candidato que seja honesto, sincero e verdadeiro?
6.Um candidato que seja mais técnico que politico?
7.Um candidato que seja mais politico que técnico?
8.Um candidato mais jovem?
9.Um candidato mais velho?
10.Outras características…

A resposta é difícil e não dependerá apenas de uma variável, mas sem uma avaliação prévia para minimizar uma má escolha o risco para futuro de Lagos será muito maior!


Fernando Marreiro